domingo, 22 de setembro de 2013

Bianca - O Filme




 
 
Este é um post especial, que encerra um capítulo. O Daniel, que conheci em Fevereiro depois do visionamento do seu short film "Made In RCICLA", filmou e montou "Bianca" numa sintonia quase telepática com algumas ideias e imagens, visuais e sonoras, que eu já trazia na minha bagagem. O meu conforto de expressão está, e julgo que sempre esteve, na fotografia. Esta aproximação à linguagem complexa e desconhecida do short film, foi um dos grandes prazeres que retirei desta experiência. O outro é desfrutar agora do documento, observando o trabalho do Daniel e a graciosidade da Bianca na tela. Não apenas em fotografia. Mas nessa linguagem nova que é a  fotografia em movimento. 
 

2ª Regularidade VCL - 2013 (II)






O post que podem encontrar imediatamente abaixo deste, descreve com exemplar clareza a perspectiva do Paulo, enquanto participante desta Regularidade 2013. 

A mim, enquanto organizador, para além do desenho do percurso e de abrir a estrada na Vespa zero, cumpria-me acompanhar o lado técnico da prova, controlos, médias e tempos, coordenando a equipa do Vespa Clube de Lisboa liderada pelo João Máximo. E foi com muito agrado que verifiquei que havia pilotos a levar o desafio da prova à letra, fazendo contas. Só assim se explica que entre o primeiro e o sexto classificado a diferença fosse no final de apenas dezoito pontos, ou seja, dezoito minutos. Depois de três horas na estrada, com navegação por vezes difícil e quatro controlos intermédios. 

Claro que muitos outros guardarão na memória outras histórias, testemunhos de outras motivações, igualmente válidas: a bela paisagem que bordejava a estrada ditou perplexidades e enganos, pretextos para fotografias ou para desviar deliciosos exemplares de pêra rocha, aliviando pereiras alheias. Pequenas quedas sem consequências e duas avarias a ditar abandonos também fizeram parte do cardápio.

No final de uma prova rápida, já que a média de 40 kms/h era difícil de cumprir, o pódio não podia ser mais democrático: em terceiro lugar ficou uma Lambretta, pelas mãos de Luís Marques e com pendura, em segundo uma LML guiada por Nuno Lopes, e em primeiro uma Vespa T5, precisamente a do Rui Tavares, que veio do Porto navegando sem erros para arrebatar o troféu. 

























































Imagens nº 1, 3, 4, 7, 12 : Miguel Lázaro
Imagens nº 5, 8 : Sara Relógio

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Regularidade VCL - Opinião



 


O que é que a regularidade oferece a Vespistas e Clubes? É a esta e a outras perguntas que o Paulo Simões Coelho, Vespista de décadas, viajante experimentado e pela primeira vez participante na Regularidade do Vespa Clube de Lisboa, se propõe responder. Entusiasta da ideia, levou a sério o desafio do presidente do clube, João Máximo - na imagem acima a controlar o Paulo no posto 2 - , para discorrer sobre os méritos e fraquezas da prova, da organização e do próprio formato proposto. 

As palavras que se seguem correspondem ao texto que o Paulo simpaticamente preparou e me enviou, para fazer dele o que entendesse.

Julgo que o texto nos traz não só um input precioso e de grande utilidade para quem organiza ou participa, como também uma perspectiva rica, detalhada e clara do que uma Regularidade pode representar, prisma com o qual muito me identifico. Seria, portanto, um crime lesa Regularidade que o email ficasse preso na minha caixa de correio.



"O “resumo executivo” quanto à montagem da prova é que seria difícil melhorar. O resumo pessoal é ADOREI!
 
 
Roadbook:

Diagramas claros, intervalos de indicação correctos, e as notas resolviam as possíveis armadilhas/ambiguidades. Estava lá tudo o que tinha de estar e pareceu-me que a maioria dos “erros” que as pessoas referiam relacionavam-se mais com falta de atenção na leitura do que falhas do RB;

Quilometragens indicadas bateram quase sempre certas com os naturais desvios de 0.1 ou 0.2 por causa dos arredondamentos e/ou diferenças de calibração. A única diferença mais relevante foi a que me lixou os tempos mas, mesmo aí foi uma decisão errada da minha parte mais do que o RB;

Dificilmente poderia ser melhor, e penso também que um RB deve ter como objectivo ter a informação suficiente, de forma clara e homogénea, e não o de ser “idiot-proof”.

Cuidado com as letras pequenas: ler um RB a vibrar enquanto se conduz já é desafiante quando se está a conduzir rápido, a partir dos 45 anos de idade pode ser perigoso. E aos 51, houve 2 ocasiões em que tive de parar e tirar os óculos para conseguir ler nomes de aldeias.
 

Percurso e Ritmo:

Simplesmente fantástico: bonita e variada paisagem e aldeias, estradas interessantes e desafiantes de guiar, piso perfeitamente potável a bom, terra sem nenhum excesso de tecnicidade (ajudado pela meteorologia);

Distância total e duração qb: suficientemente longa para requerer um pouco de endurance física, e sobretudo na concentração, mas sem que isso se tornasse numa carga de risco ou um desafio dominante mesmo quando as pessoas optaram por não parar durante o percurso. Afinal de contas, o percurso era “só” o equivalente de 25% de um dia de L-a-L…

Difícil de comentar sem ver a dispersão dos tempos de todos mas, a mim, o objectivo de 40kmh também me pareceu globalmente bem. Dada a experiência presente no plantel, acho que estiveram bastantes vespistas que não teriam dificuldade em manter uma média 10 a 15% superior neste percurso. Mas isto em andamento, quando incluímos as paragens, controlos, desvios etc. 40 estava bem. E depois 1,5 minutos por km facilita imenso as contas de cabeça!

A pensar: com 40km/h acho que ninguém teve de se preocupar com gerir o risco de penalizar por chegar adiantado o que retira um dos elementos de desafio, e aumenta a “pressão” para maximizar o andamento.
 
 
Logística:

Horários cumpridos sem nenhum sentimento de “crise” ou stress. É sempre sinal que a preparação funcionou, mesmo quando não foi essa a sensação de quem esteve nos bastidores na véspera.

O pessoal dos controlos foi eficaz, eficiente, simpático e divertido; exactamente o que se pretende!

Locais de controlo e visibilidade sem problemas.

Antes da partida dava a impressão que alguns dos relógios não estavam sincronizados uns com os outros, não sei se poderia afectar o rigor na contagem de tempo? Se sim, só vejo duas soluções: investir em relógios digitais (só vale a pena se for para manter) ou comparar as horas entre os relógios no final da prova e introduzir correcções quando se calculam os tempos.

Almoço muito agradável e perfeitamente à altura do acontecimento.

 
Comunicação:

Penso que podemos melhorar a divulgação: incluir no calendário anual, tentar divulgar fora da época de férias.

Finalmente, acho que vale a pena tentar investir um último esforço pós-prova para semear o desejo de participar: fazer com que os participantes revivam a experiência para reforçar a memória do prazer e o orgulho em ter feito, aumenta a probabilidade de que falem nisso aos amigos ; falar sobre a prova nos fóruns, disponibilizar fotos; divulgar rapidamente as tabelas de tempos para analisar e reviver.


 




Mais Regularidade

Pergunta: O que é que a regularidade oferece a Vespistas e Clubes?

Resposta: Divertimento, satisfação, ligação à marca e ao clube, desenvolvimento de mais prazer, confiança e segurança na vivência da Vespa.

O convívio com pessoas que partilham o gosto pelas Vespas é sempre bom. Quando esse convívio acontece no contexto de um desafio a superar é mais intenso, mais unificador, tem mais tempero. Os clubes já são fortes nos passeios e eventos puramente sociais, acrescentar a regularidade ao leque junta o melhor dos dois e acrescenta uma estrutura de leve desafio que amplifica o prazer e tem um efeito formador, sobretudo para aqueles que se juntaram à família scooterista há menos tempo.

Ao ter um objectivo competitivo que não a velocidade pura a todo o custo, as pessoas tendem a subir um pouco o ritmo habitual e acabam por desenvolver conforto a um ritmo de cruzeiro mais eficiente.

A navegação, utilização do roadbook, gestão de tempos, distâncias, médias e (eventualmente) autonomia de combustível, implica gerir a atenção entre as várias tarefas sem perder a concentração no piso, na condução da moto, no trânsito etc. Dá um treino que produz Vespistas mais competentes e muito mais seguros quer a caminho do trabalho todos os dias, quer numa expedição Vespística a Macau.

A preparação do leitor, o contacto com pessoas que preparam as Vespas para fiabilidade, aumento de performance, conforto, manutenção ou segurança, ensina coisas que ajudam a conhecer melhor a máquina e a ser mais autónomo.

Tudo isto aumenta a gama de coisas que as pessoas estão confortáveis em fazer com a Vespa: se se fazem 120kms antes de almoço entre amigos, então fazer uma pequena viagem nas calmas ao Algarve ou à Serra da Estrela, num dia ou num fim-de-semana, não intimidam. Se aparecer um caminho de terra que daria jeito usar, tão pouco darão meia volta para evitar, podem até divertir-se porque descobriram numa regularidade que não é o fim do mundo. Aumentam as aventuras acessíveis.

E, claro, a Regularidade oferece sempre um passeio! A possibilidade de experimentar caminhos, ver paisagens e aldeias, falar com os locais para pedir indicações… É uma oportunidade de descoberta de luxo: é como ter um guia particular que já sabe o que vale a pena ver e nos leva pelos melhores locais, garante que não perdemos tempo em troços chatos e até nos diz onde há gasolina e dá-nos de almoçar! Mesmo para quem não se quer envolver no desafio da prova de regularidade em si, há esse passeio a stress zero.

Mas a regularidade pode também ser um factor de reforço da interligação regional entre os Vespistas: se conseguirmos que o interesse cresça, o sonho seria haver 3 ou 4 provas em locais diferentes ao longo do ano, cada uma montada pelo clube da zona. Poderia haver um resultado nacional que integrava os resultados das várias provas e até criar um incentivo nos pontos para os participantes que viessem de mais de "x" kms de distância… Isto por passos: no primeiro ano seria acrescentar uma prova no norte como teste de conceito “sem Vasco”.

A médio prazo, à medida que a CSCN vai crescendo, ela junta pessoas com motivações cada vez mais heterogéneas e para cativar as pessoas os clubes podem pensar em oferecer razões mais diversificadas para abranger esses interesses cada vez mais amplos. Podem também assumir um papel de contribuição para a formação e segurança dos seus sócios: a regularidade atinge ambos objectivos, oferecendo uma actividade que também atrai aqueles que gostam de competir mas não estão interessados no investimento, ou no risco, das provas de resistência. Combina bem, por exemplo, com outras acções como workshops de mecânica, sessões de formação numa escola de condução defensiva, ou em pista, disponibilização de informação técnica, workshops de relatos de viagens ou conselhos de planeamento e preparação."

Texto: Paulo Simões Coelho




segunda-feira, 16 de setembro de 2013

2ª Regularidade VCL - 2013


 



Cento e dezassete quilómetros e um pouco mais de três horas em Vespa por asfalto e terra, sempre atrás de uma folha A5 colada a outra, e a outra, que vai antecipando, por símbolos, o filme a que vamos assistir imediatamente a seguir. É um carrossel desenhado entre a serra e o mar. Este post ilustra, nas imagens seguintes, momentos da preparação. A minha recompensa, por inteiro, veio à chegada em forma de sorrisos e abraços no controlo final.  










































 
 
(Imagens 1, 3, 4, 10 e 13: Miguel Lázaro)
 

sábado, 14 de setembro de 2013

Regularidade VCL - Regulamento





Vai para a estrada daqui a algumas horas a 2ª Regularidade Moderna do Vespa Clube de Lisboa. A prova deste ano terá um desenho em linha, com 117 quilómetros a percorrer à média de 40 quilómetros hora na zona de Torres Vedras. O tempo ideal para o percurso será de duas horas e cinquenta e cinco minutos, com um total de seis controlos, quatro deles secretos. Posso garantir que não será  nada fácil, e vai exigir navegação de muito bom nível, para além de um ritmo consistente.

No intuito de desvendar um pouco do que é a engrenagem de um evento como este, e de incentivar a organização de mais provas desta natureza, podem ver neste post o regulamento que preparei para a prova. 


REGULAMENTO REGULARIDADE VESPA CLUBE DE LISBOA



1. ÂMBITO



1.1 O presente regulamento estabelece as regras aplicáveis à 2ª Regularidade Moderna do Vespa Clube de Lisboa, adiante designada apenas por “Regularidade”.


1.2 A presente Regularidade é um passeio lúdico em estrada aberta que obedece em toda a sua extensão às regras do Código da Estrada, e não é uma competição.


1.3 É exigida aos participantes uma postura prudente, responsável e respeitadora na estrada, valorizando-se o espírito de solidariedade entre participantes.


1.4 O Clube Organizador do evento é o Vespa Clube de Lisboa, com sede na Avª Infante Santo, nº 63, R/C Dto, 1350-177 Lisboa.


2. VEÍCULOS ADMITIDOS


2.1 São admitidas à participação todas as scooters de marca Vespa, independentemente do seu ano de construção.


2.2 Excepcionalmente, e na medida em que o limite de inscrições não seja atingido com scooters Vespa, o Clube Organizador reserva-se o direito de admitir scooters LML, bem como outras scooters clássicas, tais como Lambretta ou Heinkel, de acordo com o seu exclusivo critério.


2.3 Todas as scooters participantes devem estar legalmente matriculadas, cobertas por apólice de seguro válida, e aptas a circular na via pública nos termos do Código da Estrada, sendo da exclusiva responsabilidade dos participantes eventuais desconformidades que sejam detectadas pelas autoridades.


3. CONDUTORES ADMITIDOS


3.1 Todos os condutores deverão estar legalmente habilitados à condução do veículo com que participam.


3.2 Na estrada, todos os condutores deverão obrigatoriamente usar capacete e calçado fechado, sendo recomendado o uso de luvas e casaco apropriado.


4. EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO


4.1 É expressamente interdita a utilização durante a prova de aparelhos "GPS" de qualquer tipo, ou computadores de bordo com função de controlo de média horária, quer estes se encontrem instalados na scooter, quer sejam transportados pelo condutor ou passageiro.


4.2 Caso a scooter participante tenha incorporado no seu painel de instrumentos um aparelho ou display que permita o cálculo instantâneo de médias horárias (ex. SIP Speedo), o visor deverá estar tapado com fita negra e selado durante a prova ou, em alternativa, o botão selector dessa função deverá estar comprovadamente desactivado.


4.3 O participante autoriza os controladores a verificar, se dúvidas existirem, qualquer equipamento de medição instalado ou transportado durante a prova.


4.4 É livre a utilização e número de relógios instalados ou transportados sem função de controlo de média horária.


5. INSCRIÇÕES


5.1 Os interessados em participar devem, até à data indicada no programa, fazer entrega na sede do Vespa Clube de Lisboa do Boletim de Inscrição (por correio, fax, e-mail ou em mão), totalmente preenchido e acompanhado da respectiva taxa de inscrição.


5.2 Ao assinar o Boletim de Inscrição, o participante submete-se ao presente Regulamento e declara conhecê-lo sem reservas.


5.3 O Vespa Clube de Lisboa comunicará ao interessado, por e-mail e no prazo máximo de 2 dias, a aceitação ou não da inscrição.


5.4 O número máximo de participantes é de 80.


5.5 As inscrições serão consideradas por ordem de recepção dos respectivos boletins.


5.6 Os pedidos de inscrição que sejam recebidos para além do limite estabelecido ficarão em lista de espera, podendo ser admitidos como participantes caso se verifiquem desistências até à data de encerramento das inscrições.


6. CONTROLOS


6.1 No início da Regularidade, será entregue a cada participante admitido um road-book com a descrição do itinerário, e uma carta de controlo para registo dos tempos de passagem em cada controlo.


6.2 A Regularidade contará com um controlo de partida, um controlo de chegada, e quatro controlos intermédios (provas de regularidade absoluta), todos devidamente sinalizados na estrada.


6.3 As duas provas de regularidade absoluta têm dois controlos cada, um inicial e outro final.


6.4 Os participantes deverão passar por todos os controlos e de forma sequencial.


6.5 Na carta de controlo de cada participante consta a sua hora ideal:


6.5.1 do controlo de partida;


6.5.2. do início de cada controlo intermédio (não consta do final de cada controlo intermédio).


6.5.2 do controlo de chegada.


6.6 A hora ideal de cada participante no final de cada controlo intermédio obtém-se calculando o tempo necessário para percorrer a distância entre o início e o final de um controlo intermédio a uma média de 40 kms/hora.


6.7 Os controlos começarão a funcionar 15 minutos antes da hora ideal do primeiro participante, encerrando 30 minutos após a hora ideal do último participante.


6.8 Apenas o Clube Organizador, através dos controladores devidamente identificados, poderá anotar na carta de cada condutor a hora de passagem no respectivo controlo.


6.9 É da responsabilidade de cada participante certificar-se que a hora anotada pelo controlador na carta de controlo corresponde à hora em que o participante efectua o controlo.


6.10 Os postos de controlo na estrada têm um relógio visível com a hora oficial.


6.11 O controlo horário de partida (CHP) e o controlo horário de chegada (CHC) estão sinalizados por uma placa colocada no início (placa CHP) e outra no final (placa CHC) da Regularidade, ambas de cor branca.


6.12 Os controlos intermédios estão sinalizados por meio de duas placas:


6.12.1 Uma placa vermelha com um relógio em fundo, que sinaliza o início do controlo;


6.12.2 Uma placa amarela, com um relógio em fundo, com três listas oblíquas, que sinaliza o final do controlo.


6.13 O procedimento de controlo começa no momento em que o veículo entra na zona de controlo, espaço físico frontal à mesa do controlador.


6.14 O controlador averba na carta de controlo a hora (horas, minutos) em que o participante imobiliza a scooter em frente ao controlo e entrega a carta ao controlador.


6.15 A contagem de tempo é ao minuto.


Ex. Se a hora ideal de controlo do participante é 10h04m, este deverá entrar no controlo e entregar a carta ao controlador entre as 10h04m00s e as 10h04m59s.


6.16 A duração da paragem no espaço assim delimitado não deverá exceder o tempo estritamente necessário às operações de controlo, que em caso algum pode ultrapassar 45 segundos.


6.17 É proibido entrar ou movimentar-se numa zona de controlo num sentido diferente do itinerário.


7. PONTOS


7.1 O sistema de pontos propõe-se manter a ordem e o ritmo dos participantes ao longo do itinerário, dentro dos estritos limites do Código da Estrada, maximizando a segurança.


7.2 Por cada minuto por avanço ou por atraso em relação à sua hora ideal em cada controlo, ao participante é atribuído 1 ponto.


7.3 A infracção ao disposto nos artigos 6.16 e 6.17 implica uma penalização de 30 pontos.


7.4 A infracção ao disposto no artigo 6.4 implica uma penalização de 80 pontos.


7.5 A infracção ao disposto nos artigos 4.1 e 4.2 implica uma penalização de 80 pontos.


7.6 Em caso de igualdade pontual entre dois ou mais participantes, o critério de desempate beneficia o que tiver obtido menor pontuação no primeiro controlo (CHP). Se ainda assim subsistir igualdade, o desempate opera-se a favor de quem obtenha menor pontuação na 1ª PR e assim sucessivamente.


7.7 Ao participante com menor pontuação será atribuído o título de vencedor da Regularidade.



8. EXCLUSÕES


8.1 A infracção ao disposto no artigo 6.8 implica a imediata exclusão do participante.


8.2 O Clube Organizador poderá excluir do evento qualquer participante durante a realização da prova que desrespeite, de forma grave, as regras e recomendações contidas no presente regulamento, em especial as relativas à segurança, comportamento na estrada e civismo.


8.3 As exclusões previstas neste artigo não atribuem o direito ao participante de ver devolvida a taxa de inscrição.


9. RECLAMAÇÕES


O Clube Organizador é responsável pela aplicação do presente Regulamento. Qualquer reclamação sobre essa aplicação ou interpretação será julgada pelo Clube Organizador, que detém o poder exclusivo de decisão.


(Imagem: Nuno Guicho)

sábado, 7 de setembro de 2013

Bianca Azzurra





Lisboa é assim. Mesmo num sábado de trabalho deita-se-lhe aquela  luz de rio e enternece, até que fica só a brilhar. A Bianca só me ajuda a vê-la melhor.







domingo, 1 de setembro de 2013

FAQ - Regularidade VCL





Em mais de quatro anos de blog, este é o primeiro post que visa realmente esclarecer algum tema, e logo sob a forma de FAQ. Algum dia teria que acontecer e esse dia chegou. Para quem tem curiosidade em saber o que é isso de uma regularidade do VCL, tem nas próximas linhas a possibilidade de ver respondidas algumas perguntas frequentes. O regulamento tem alguns ajustes em relação a 2012 e será em breve publicado pelo clube. Se subsistirem dúvidas, usem a caixa de comentários para as colocar que eu procurarei responder. Em contrapartida, quero ver-vos no controlo horário de partida no dia 14 de Setembro na 2ª Regularidade Moderna do VCL.



1. Qual é o objectivo da Regularidade ?

O objectivo é apresentares-te nos controlos ao longo do percurso na tua hora ideal, nem adiantado, nem atrasado, para que não acumules pontos de penalização. Os pontos são atribuídos à razão de 1 ponto por minuto, quer por atraso, quer por avanço. Pretende-se chegar ao final com 0 pontos - o que é difícil - , ou com o menor número de pontos possível.


2. É uma corrida ?

Não. O percurso é desenhado em via pública, em estrada não fechada ao trânsito. Deves cumprir na íntegra o código da estrada e agir com prudência e civismo. 


3. Como funciona a Regularidade do VCL ?

Aos participantes é entregue um road book e uma carta de controlo. Nessa carta de controlo constam as horas ideais de início (CHP, ou controlo horário de partida) e de final (CHC, ou controlo horário de chegada) do percurso atribuídas a cada participante.

Essas horas ideais correspondem a uma determinada média horária definida pela organização, que é previamente divulgada, habitualmente 45 ou 40 kms/h.

No meio do percurso existem duas provas de regularidade (PR).

A sinalizar o início das PR vais encontrar na estrada uma placa vermelha com um relógio e dois controladores. Na tua carta de controlo tens inscrita a tua hora ideal de entrada nesse controlo.

A sinalizar o final da PR vais encontrar na estrada uma placa amarela com três listas oblíquas e dois controladores. Na tua carta de controlo, não tens inscrita a tua hora ideal. A hora ideal no final da PR deve corresponder ao tempo necessário para cumprir o percurso à média horária indicada previamente pela organização. 


4. A Regularidade do VCL é igual às Regularidades de Ralis de Clássicos ?

Não. A do VCL é muito mais simples. Por exemplo a contagem de tempo na maioria daqueles ralis é feita ao segundo ou à décima de segundo, e existem vários tipos diferentes de regularidade, absoluta e por sectores, entre várias outras regras mais exigentes.


5. Como devo proceder num controlo ?

Se estiveres no início da prova, verifica a hora inscrita na carta de controlo para o CHP. Consulta o relógio no controlo e acerta o teu relógio por ele. Apresenta-te junto ao controlo, e só à tua hora passas pela placa e entregas a carta ao controlador para que este averbe a hora na carta. É o momento em que entregas a carta que conta para fixar a tua hora no controlo. Lembra-te que o controlo é feito ao minuto pelo que na carta só fica averbado hora e minuto.

Antes da placa de controlo é permitido parar, desde que não estorves o trânsito. Não só podes parar como deves fazê-lo se chegares antes da tua hora. Assim evitarás penalizações por avanço. Relembra-te que a tua hora ideal está previamente indicada na tua carta de controlo (excepto para o fim das PR intermédias, em que tens que calcular a tua média).


6. O que significa controlar ao minuto ?

Se a tua hora é, por exemplo, 10h.16m, entras sem penalização entre as 10h16m00s e as 10h16m59s. Neste exemplo, se entrares às 10h18 estás 2 minutos atrasado, tens 2 pontos de penalização. Se entrares às 10h09, estás 7 minutos adiantado, tens 7 pontos de penalização.


7. Qual é a hora que conta para averbar tempos na carta de controlo ?

O relógio do controlo e apenas este. Os relógios dos controlos são todos iguais e acertados minutos antes do início da prova de acordo com a hora fornecida pelo número telefónico 12151. Antes do início da prova deves consultar o relógio instalado no CHP e acertar o teu em conformidade.


8. Quanto tempo posso estar num controlo ?

O estritamente necessário à realização das operações de controlo. Em regra, cerca de 30 segundos são suficientes. O controlo não pode, em caso algum, exceder 45 segundos de duração, sob pena de penalização.


9. O que acontece se a scooter se desliga no controlo e não consigo pô-la a trabalhar ?

Deves empurrá-la à mão para fora da zona de controlo, respeitando sempre o sentido do percurso, e encostar a scooter só depois do controlo para proceder à eventual reparação. Se o não fizeres, poderás exceder os 45 segundos de tempo máximo que te são concedidos para o controlo. Esta penalização visa evitar que o controlo fique congestionado, impedindo a operação de controlo por parte de outros participantes.


10. Posso parar durante o percurso ?

Sim. Para fotografar, descansar, abastecer, conversar, o que te apetecer. Lembra-te apenas que as horas previstas na tua carta foram calculadas com base numa determinada média horária que não prevê paragens, excepto para controlos. Portanto, quanto mais te atrasares, mais pontos acumulas. E mais tarde chegas ao almoço.


11. Posso usar GPS ?

Não. É interdito o uso de GPS ou de qualquer aparelho com função de cálculo instantâneo de médias horárias. É livre a utilização e número de relógios e de odómetros, desde que não tenham a função de cálculo de média horária.


12. Para além das penalizações por tempo - avanço e atraso - , existem outras penalizações ?

Sim.
- Entrar ou movimentar-se numa zona de controlo num sentido diferente do itinerário - 30 pontos - artº 6.17, 7.3 do Regulamento
- demorar mais de 45 segundos num controlo - 30 pontos - artsº 6.16, 7.3
- não passar por todos os controlos, ou fazê-lo de forma não sequencial - 80 pontos - artsº 6.4, 7.4
- utilizar, instalar ou transportar aparelhos GPS ou outros com função de cálculo de média horária - 80 pontos - artsº 4.1, 7.5


13. As penalizações são cumuláveis ?

Sim. Todas as penalizações são cumulativas, isto é, podem ser aplicadas uma ou mais vezes, tantas quantas as infracções ao regulamento. É aos dois controladores em cada posto que cabe verificar as infracções e aplicar as regras, com consequente atribuição de pontos.


14. É essencial ter um leitor/suporte para o road book ?

Não. Mas é altamente aconselhado, caso contrário terás muita dificuldade em "ler" o percurso, com os consequentes atrasos e perdas de ritmo. Os participantes que se façam acompanhar de passageiro têm a vantagem de poder beneficiar de um co-piloto para ler o road-book sem ser necessário o suporte.

O VCL disponibiliza no seu site um tutorial para fazer, de modo fácil, um leitor barato e eficaz sem sair de casa.


15. Tenho mesmo que cumprir horários e fazer médias ?

Não. Há duas formas de encarar uma regularidade:

i) como um passeio, seguindo apenas o road book, sem a preocupação de horários e médias.

ii) sendo fiel ao espírito da prova. Neste caso terás que esforçar-te por interpretar o road book e adequar o teu ritmo não só ao percurso, como também à média preconizada, cumprindo os controlos da melhor forma que conseguires. Acredita que é um desafio !

Claro que o VCL incentiva os participantes a aceitar este repto, foi por acreditar neste formato que se empenhou em elaborar um percurso com atractivos que estão ausentes, até à data, de qualquer outro passeio Vespa em Portugal.

Portanto, se te entusiasmou a ideia, inscreve-te até 12 de Setembro, aproveita e diverte-te!





Imagem nº 1: Nuno Guicho
Imagem nº 2: Vespa Clube Roma