quarta-feira, 15 de junho de 2016

Pó e Glória - Lés a Lés 2016






Há quem diga que a viagem não tem um valor intrínseco em si. É apenas o que soubermos fazer dela. O que fica dentro de nós. Tendo a concordar com esta visão, porque sempre me interessou o poder transformador da viagem. Grande ou pequena. Para longe ou para perto. Nesse sentido, as imagens gravadas num suporte que não a memória, não sendo dispensáveis, são secundárias.

Penso nisto quando rebobino o filme dos cinco dias de Lés a Lés, em que a equipa número cinco é apenas uma das mais de quinhentas que andaram, quase todas, atrás de nós por um pequeno rectângulo por muitos desconhecido. Que poder transformador terá a viagem para eles ?

Fazer um cordão de cinco dias nas nossas vidas normais a viajar por um país lindíssimo, de contrastes tão intensos, de lugares que nos emocionam de tão belos, já é uma excelente ideia. Acompanhar tudo isso com a cumplicidade de amigos que percebem o quão irracional é lançarmo-nos à aventura de não saber se as pequenas e improváveis máquinas que levamos resistem, é só libertador.

É um acto de redenção preencher cinco dias - que luxo - num dos nossos hobbies preferidos: viajar de scooter em endurance, com um road book precioso e novinho em folha por desbravar, na companhia daqueles que percebem, sem ser preciso explicar-lhes, como é saboroso viajar assim. 
















Fotografia nº 1 : Paulo Ministro

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