sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Frio na Figueira (II)





Ferrugem e semi-slicks. Duas linhas verticais que, apesar de não se cruzarem, se fundem simbolicamente num objecto único, projectado para ampliar sensações. Usar intensivamente uma clássica, como esta Lambretta do Duarte, exige  pontes entre o antigo e o moderno. Os pneus são o exemplo paradigmático de uma evolução de meio século. E não há nenhuma boa razão para não os usarmos com performance actual. Afinal, ninguém circula com pneus fabricados na década de 1960. 





A poção mágica no recipiente desfocado e azulado é moderna. E crucial para evitar uma salada espontânea de metais dentro dos cárteres. O resto é ouvido. Despe, veste balôn. E ter fé. Muita fé. 




Na Figueira surge sempre um leque de clássicas mais abrangente. A minha Helix não esteve, mas a sua prima que mora em Coimbra não faltou à chamada. Esta cinzenta mantém-se jovem e extrovertida, e no meio das italianas faz sempre um figurão. Olha-se sempre para ela, mesmo quando as Lambrettas estão na praia a fazer topless.





























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